Cada vez mais brasileiros decidem se aposentar e continuar trabalhando. Especialistas alertam que quem faz essa opção precisa ter alguns cuidados.
Cada vez mais brasileiros decidem se aposentar e continuar trabalhando. Especialistas alertam que quem faz essa opção precisa ter alguns cuidados.
Três décadas de trabalho e a técnica de enfermagem Donária Barbosa pendurou as chuteiras. Mas só oficialmente. Hoje, além do salário, ela recebe R$ 600 de aposentadoria. Se esperasse mais cinco anos, ganharia R$ 900.
“Tenho diabetes, pressão alta e o dinheiro só que o meu marido ganha não estava dando para comprar a medicação, esse tipo de coisa. Eu optei por aposentar”, justifica a técnica de enfermagem Donária Barbosa.
Aposentadorias por tempo de contribuição, como as de Donária, representavam 17% do total, cinco anos atrás. Hoje, respondem por 28%. O especialista em Previdência Newton Conde explica que o governo gasta mais pagando quem se aposenta por tempo de contribuição do que por idade. Quanto mais gente recebendo o benefício, maior é a despesa.
“Esse acréscimo na solicitação acaba onerando evidentemente a Previdência. Isso provoca, no ano, um acréscimo por volta de uns R$ 250 milhões”, diz o especialista em Previdência Newton Conde.
Uma das explicações para o aumento do número de aposentadorias por tempo de contribuição é que, desde 2006, quem quer se aposentar não precisa mais se desligar da empresa. Se ela quiser demitir o aposentado, terá de pagar multa sobre o Fundo de Garantia. Assim, muita gente continua trabalhando e faz da aposentadoria uma renda extra.
O advogado Edson Filgueiras Jr alerta: quanto mais jovem a pessoa se aposentar, menor será o beneficio - e para toda vida. Por isso, quem quer se aposentar e continuar trabalhando, deve poupar.
“Fundamental seria utilizar essa renda extra para fazer aplicações ou investimentos que futuramente vão trazer um retorno para ele, suprir essa perda que ele está tendo hoje tendo em vista a aposentadoria precoce”, sugere o advogado Edson Filgueiras Jr.
A analista Naelde Souza já gastou mais da metade do que conseguiu juntar desde o ano passado. Com parte do dinheiro da aposentadoria, quitou uma dívida. Com outra parte, realizou o antigo sonho de viajar.
“A tentação é grande. Acaba cometendo excessos com a renda extra. Esse é um cuidado que a gente precisa ter para evitar”, aconselha a analista Naelde Souza.
Fonte: Jornal Nacional - Edição do dia 23/10/2010
23/10/2010 20h53 - Atualizado em 23/10/2010 21h17
DEPARTAMENTO PESSOAL
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Envelhecimento da população vai exigir adequações no mercado de trabalho, aponta IPEA
A população brasileira pode estar 'superenvelhecida' em algumas décadas, caso o nível de fecundidade, estimado em 1,8 filho por mulher, não aumente. Segundo um estudo divulgado hoje (13) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE), entre os anos de 1992 e 2009, a população idosa (com idade superior a 60 anos) pulou de 7,9% para 11,4% dos brasileiros. Por outro lado, a parcela dos brasileiros com menos de 15 anos caiu de 33,8% para 24% no mesmo período.
A expectativa, de acordo com os técnicos do Ipea, é que a partir de 2030 os únicos grupos populacionais que devam apresentar crescimento positivo sejam os com idade superior a 45 anos.
Para a coordenadora de População e Cidadania do instituto, Ana Amélia Camarano, o impacto dessa tendência na composição da população em idade ativa vai exigir adequações no mercado de trabalho. Ela acredita que, a exemplo do que vem ocorrendo em países como França e Japão, o Brasil pode adiar a idade mínima para a aposentadoria compulsória, hoje estabelecida em 70 anos, como forma de amenizar as pressões no sistema previdenciário. De acordo com o estudo, nas próximas décadas, os brasileiros com mais de 45 anos deverão responder por 56,3% da futura população em idade ativa.
'Vários países do mundo estão assumindo que o adiamento da idade mínima para se aposentar seja um dos caminhos para se resolver a questão do déficit previdenciário [em função do impacto do envelhecimento da população na força de trabalho]. É uma tendência geral e pode ser um caminho para o Brasil também. Não sei se será adotado aqui, mas é um caminho que está sendo discutido e adotado em vários países e é importante, não apenas para a questão fiscal, mas também para o indivíduo não sair do mercado de trabalho', afirmou.
Ana Amélia destacou, ainda, que esse novo panorama vai exigir adaptações das empresas, que precisarão adotar medidas voltadas para a saúde ocupacional, além de adequar sua estrutura física para permitir a mobilidade dos funcionários, promover capacitação para que os trabalhadores acompanhem as inovações tecnológicas, e incentivar a redução dos preconceitos com relação ao trabalho dos idosos.
A coordenadora do Ipea também ressaltou a importância da vinculação do benefício social ao salário mínimo, prevista na Constituição Federal de 1988, na redução da pobreza entre os idosos, já que entre os anos de 1992 e 2009 o percentual de idosos pobres caiu tanto entre homens (de 24,7% para 12,3%) quanto entre mulheres (de 20,8% para 11,4%).
O levantamento aponta, no entanto, que a seguridade social representa a parcela mais importante da renda dos idosos. Os rendimentos vindos do trabalho também são expressivos, em especial entre os homens (32,6%). Para as mulheres, a contribuição foi de 11,9%.
Com a melhor situação dos idosos, o estudo aponta também o aumento na proporção dos que chefiam famílias - esta era a situação de 13,8 milhões de pessoas em 2009. Nesses lares, os chefes contribuíam com 54,8% da renda familiar.
FONTE: Por Agência Brasil, Agência Brasil, Atualizado: 13/10/2010 14:47
Previdência: quem não sacar benefício em até 60 dias terá dinheiro bloqueado
Aposentados, pensionistas e demais beneficiários que recebem por meio de cartão magnético e não sacam o benefício em até 60 dias após a data prevista para o pagamento terão o dinheiro devolvido pelo banco ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A medida, criada para evitar o pagamento indevido e qualquer tentativa de fraude, estabelece que a instituição bancária devolva o valor ao INSS que, por sua vez, bloqueia o pagamento até que o beneficiário vá até uma APS (Agência da Previdência Social) para regularizar o pagamento.
O bloqueio é efetuado para evitar o pagamento indevido e qualquer tentativa de fraude, como o saque do valor por terceiro, à revelia do beneficiário.
Para desbloqueá-lo, o segurado terá que comparecer à APS responsável pelo seu benefício e apresentar documento de identificação com foto, como carteira de identidade ou carteira de motorista.
Setembro
Na folha de setembro, encerrada na última quinta-feira (7), 8.825 benefícios estavam suspensos porque o beneficiário não sacou no prazo de 60 dias.
Na mesma folha, 14.981.194 beneficiários receberam por cartão magnético, entre os quais 9.955.226 segurados da área urbana e, 5.025.968, da área rural.
Segurança
De acordo com a Previdência, o segurado que recebe o benefício com cartão magnético possui um mecanismo de segurança eficiente em mãos, no entanto, deve se manter atento.
Em hipótese alguma o beneficiário deve fornecer a senha para terceiros. Como nos cartões da rede bancária, a senha não deve ter sequências previsíveis, tais como data de nascimento, número de telefone ou dígitos ligados diretamente ao portador.
O INSS recomenda que, em caso de dúvida no momento do saque no terminal de autoatendimento, o segurado procure um funcionário do banco e nunca peça ajuda de outras pessoas estranhas à instituição bancária.
A medida, criada para evitar o pagamento indevido e qualquer tentativa de fraude, estabelece que a instituição bancária devolva o valor ao INSS que, por sua vez, bloqueia o pagamento até que o beneficiário vá até uma APS (Agência da Previdência Social) para regularizar o pagamento.
O bloqueio é efetuado para evitar o pagamento indevido e qualquer tentativa de fraude, como o saque do valor por terceiro, à revelia do beneficiário.
Para desbloqueá-lo, o segurado terá que comparecer à APS responsável pelo seu benefício e apresentar documento de identificação com foto, como carteira de identidade ou carteira de motorista.
Setembro
Na folha de setembro, encerrada na última quinta-feira (7), 8.825 benefícios estavam suspensos porque o beneficiário não sacou no prazo de 60 dias.
Na mesma folha, 14.981.194 beneficiários receberam por cartão magnético, entre os quais 9.955.226 segurados da área urbana e, 5.025.968, da área rural.
Segurança
De acordo com a Previdência, o segurado que recebe o benefício com cartão magnético possui um mecanismo de segurança eficiente em mãos, no entanto, deve se manter atento.
Em hipótese alguma o beneficiário deve fornecer a senha para terceiros. Como nos cartões da rede bancária, a senha não deve ter sequências previsíveis, tais como data de nascimento, número de telefone ou dígitos ligados diretamente ao portador.
O INSS recomenda que, em caso de dúvida no momento do saque no terminal de autoatendimento, o segurado procure um funcionário do banco e nunca peça ajuda de outras pessoas estranhas à instituição bancária.
FONTE: InfoMoney, InfoMoney, Atualizado: 13/10/2010 13:01
Assinar:
Postagens (Atom)